domingo, 9 de janeiro de 2011

Vasio

De alhos abertos no escuro do quarto é como se o visse deitado ao seu lado na cama.
Parece ouvir seu roncar suave, constante.
Ainda sente impregnado nos lençóis, nas fronhas, nos travesseiros o perfume, o cheiro inconfundível do seu corpo.
Por momentos chega a sentir o sabor gostoso que só ele tinha.
Passa as mãos sobre o colchão delicadamente como fosse dele a pele.
Suas mãos pulsam como as batidas do coração.
Abraçasse, enrolasse em seus próprios abraços, procurando sentir o mesmo calor do abraço dele.
Se pudesse não acordar. 
Se a falta dele fosse apenas um sonho.
Nunca o quarto pareceu tão grande.
O silêncio tão sufocante.


ivan de s. machado

2 comentários:

  1. Oi...Poeta...

    Que poema lindo!!!!

    Ai..."Se pudesse não acordar.
    Se a falta dele fosse apenas um sonho.
    Nunca o quarto pareceu tão grande.
    O silêncio tão sufocante."

    Fiquei viajando nestas palavras...

    Bjos e boa semana!

    Zil

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  2. Olá poeta!
    o silêncio faz bem, se pudesse eu dormir e continuar dormindo agradeceria por tal façanha!

    beijO e até...
    uma otima semana!

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