Só há um acontecimento, que nos torna iguais.
Transforma a todos em um único produto ou resíduo.
Estranho, mas é comum a todos os seres vivos, animal,
vegetal, mineral, microscópicos ou não, em todo Universo.
O que torna a morte, o mais democrático evento.
Branco, negro, azul, amarelo ou vermelho. Homem ou mulher.
Hétero ou homossexual. De esquerda, centro ou direita.
A morte iguala a
todos.
No final somos apenas cadáver, húmus, matéria em
decomposição, inerte.
Enquanto vivos, acumulamos bens até não podermos mais: Dinheiro,
joias, carros, casas, roupas. Quanto mais e mais caro melhor; para no fim não
levarmos absolutamente, nada.
Muitos gastam o que tem de mais precioso construindo
templos, monumentos e grandes obras ou em guerras matando semelhantes, que
julgam inimigos, para serem pretensos heróis.
Outros há, que utilizam o tempo no auxílio de quem necessita,
como Francisco Xavier, Madre Tereza de Calcutá, Mahatma Gandhi, Jesus Cristo,
médicos sem fronteiras.
Sabe quando estamos em uma fila, aguardando para entrar em
um cinema, teatro, qualquer lugar e, lá na frente vê um seu amigo entrar
primeiro. Assim é: Cada pessoa querida que vai é mais um passo na fila que
damos. O duro é não saber quando será a nossa vez.
Aliás, para morrer basta estarmos vivos!
Ivan de souza machado