quarta-feira, 30 de março de 2016

O QUE É PRECISO FAZER PARA MORRER?




Só há um acontecimento, que nos torna iguais.
Transforma a todos em um único produto ou resíduo.
Estranho, mas é comum a todos os seres vivos, animal, vegetal, mineral, microscópicos ou não, em todo Universo.
O que torna a morte, o mais democrático evento.
Branco, negro, azul, amarelo ou vermelho. Homem ou mulher. Hétero ou homossexual. De esquerda, centro ou direita.
 A morte iguala a todos.
No final somos apenas cadáver, húmus, matéria em decomposição, inerte.
Enquanto vivos, acumulamos bens até não podermos mais: Dinheiro, joias, carros, casas, roupas. Quanto mais e mais caro melhor; para no fim não levarmos absolutamente, nada.
Muitos gastam o que tem de mais precioso construindo templos, monumentos e grandes obras ou em guerras matando semelhantes, que julgam inimigos, para serem pretensos heróis.
Outros há, que utilizam o tempo no auxílio de quem necessita, como Francisco Xavier, Madre Tereza de Calcutá, Mahatma Gandhi, Jesus Cristo, médicos sem fronteiras.
Sabe quando estamos em uma fila, aguardando para entrar em um cinema, teatro, qualquer lugar e, lá na frente vê um seu amigo entrar primeiro. Assim é: Cada pessoa querida que vai é mais um passo na fila que damos. O duro é não saber quando será a nossa vez.
Aliás, para morrer basta estarmos vivos!
Ivan de souza machado

terça-feira, 8 de março de 2016

A HERANÇA

Acreditava, quando jovem, que meu pai e as pessoas da idade dele achavam entender e saber de tudo.
Hoje sei, que apenas desejavam transmitir conhecimentos adquiridos, sabiam que o tempo e a convivência seriam breves.

Tenho quase a mesma idade que meu pai ao partir.
O pouco que sei, a quem escuta, parece demais.
O Tempo para quem ouve pode ser longo, para quem fala é sempre curto. Sensação de que faltou algo a ser dito, comentado, discutido, criticado.
A voz, é a energia do pensamento transformada em áudio, tal qual a escrita em visual.
Ao transmitir o que sabemos ou crermos saber podemos parecer pedantes, chatos, arrogantes, tolos por querer facilitar caminhos, atalhos, evitando armadilhas e buracos que já caímos, histórias que vivemos ou fomos testemunha ocular.
O Tempo nos faz querer deixar como fosse eterno o nosso conhecimento, o nosso saber, o nosso  pensar.

ivan de souza machado

VALENTE


                                                                                                                       A Luíz Rogério da Fonte



Não importa em quantas pedras irá tropeçar, nem quanto tempo levará para erguer-se.
Valente é o que assume suas culpas. Que não mente, principalmente, a si próprio.
Valente é o que olha no espelho e vê realmente quem é.
Valente tem a sua opinião, não teme o contraditório, independente da maioria, respeita a de outros.
Valente nunca é o forte, nem o que está armado ou com muitos ao lado, mas o que não teme enfrentá-los, mesmo sabendo que irá perder.
"Covarde é o que está sempre ao lado do mais forte"
  



ivan de souza machado