terça-feira, 4 de setembro de 2012

DESABAFO !


                            

 
Como pode alguém acreditar nas promessas de um político, dizendo que vai melhorar o ensino público, se ele não usa.

Como pode acreditar quando diz que vai melhorar o transporte público, se não utiliza.

Como pode alguém crer num político que diz que vai investir na saúde pública, se dela não se serve.

Como pode alguém ter fé num político que diz que não venderá nenhum patrimônio público, se seu antecessor e ele próprio venderam por baixo preço, quase todas as empresas brasileiras.

Pergunte o valor da vida daquela criança, daquela mãe em gestação, daquele idoso, daquela senhora que o médico não quis atender, por não terem convênio e nem como pagar.

-Quitaram com a própria existência!

-Qual o valor?

O político sabe. Custa a verba que ele desviou para a sua clinica, hospital particular ou de quem financiou sua campanha.

-Qual o valor?

O médico sabe. É o valor da mensalidade de um convênio qualquer, é o valor de uma operação, de um tratamento.

-Custa cem, custam mil, dez mil, um milhão, não importa.

Gostaria que dissessem qualquer um: -“Custa quanto dar a eles a vida de volta?”
 -Qual o preço?
 Qual o dinheiro que pode trazer a vida de volta?

-Onde comprar? Qual shopping?

Ao juramento de Hipócrates, hoje agregasse outro:- O do Hipócrita!

O valor da vida para o médico moderno “globalizado” é em dólar ou euro, ouro o que seja. 

Provoca mais comoção na mídia a morte de cães, que a de uma criança pobre em um hospital qualquer.

-“Quando o Estado defende o Capital, quem o tem, detém o Poder.”

 “Aqueles que não tem poder de consumo ou pouco tem estão à margem, tratados como cidadãos sem classe, “vira-latas”, sem poder de influir ou mesmo sugerir mudanças legalmente éticas a serem tomadas pelo Estado que os favoreçam, tais como respeito à Constituição, através do respeito aos Direitos Civis.”

O crescente endividamento como inserção desta população ao Capital, por meio do crédito a médio e longo prazo, levara ainda mais para baixo os integrantes do sopé da pirâmide, cheia de ilusão da posse da casa própria, do carro, da assistência médica, do que seja na realidade quanto mais adquire, mais dívidas têm.

Quando o Estado se afasta do Cidadão, distância também da Coisa Pública, fazendo com que tudo tenha que gerar lucro, todos os bens e serviços outrora Patrimônio do Cidadão, tornam-se mercadorias, produtos a serem comercializados.

Água, energia elétrica, saúde, educação, direito de ir e vir, ao serem privatizados transformam o Cidadão em cliente, além de impostos, só poderá utilizar mediante pagamento antecipado, o que antes era seu Direito.

-Quanto vale a vida de uma criança ou de um adulto?

A consciência de que o que tem que ser Padrão de Qualidade e Referência é o que a todos nós pertence, não de graça, pagamos impostos à vida toda e quase não utilizamos. 
“O que é Público tem que ser o melhor, quer seja a Educação, a Saúde, a Segurança, o Transporte, a Energia, a Comunicação e os nossos funcionários.”

 Ivan de Souza machado

 

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