segunda-feira, 23 de maio de 2011

O ASSASSINATO DO PROFESSOR!


Um filósofo pensa a sociedade com décadas de antecipação, quando um governo adota este pensar, como modelo educacional integrado a seu sistema, o faz consciente de que os efeitos serão sentidos por longo tempo.
O sistema educacional, implantado em São Paulo, chamado de “PROGRESSÃO CONTINUADA”, parece inspirado em obra de ficção, a mim faz lembrar:” *A Republica de Saló” *.
Senão vejamos, dentro de um sistema educacional, a figura do Professor é impar, representa o saber, o conhecimento, as crianças, os alunos, devem tê-lo sempre como exemplo e respeito.
Ao tirar do aluno a obrigação de aprender, para passar de ano, quebrou-se a hierarquia e a disciplina, destruindo a autoridade e o respeito ao Professor, reduzindo-o a mero coadjuvante.
Passou a ser figura decorativa, a não mais ser ouvido, acatado, culminando por ser agredido, algumas vezes dentro da própria sala de aula.
O sistema o enfraqueceu ainda mais, ao não aumentar seus proventos por anos, obrigando-o a trabalhar em outras funções, não permitindo, conseqüente aprimoramento.
A criança, aparentemente assim educada, chega a um determinado instante, em que tem ancorado, estacionado, seu progresso educacional, não conseguindo ir adiante, formando uma massa intelectual medíocre, facilmente subjugada pela classe dominante, esta sim, educada em renomados estabelecimentos privados, criando uma “casta superior”.
Estas crianças, daqui a década ou décadas, terão seus filhos, transmitirão os mesmos conceitos, instituídos através de um sistema que virtualmente educa, sem precisar aprender, gerando uma massa robótica, pronta a obedecer a qualquer político charlatão.

·         “A REPUBLICA DE SALÓ – FILME DE PIÉR PAOLO PASOLINI, CINEASTA ITALIANO, SOBRE O FASCISMO”


ivan de souza machado



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