O barulho das rodas do trem sobre o trilho, fez com que olhasse pelas janelas do vagão.
Lá fora se descortinavam paisagens belas, umas mais que outras.
Embevecido o olhar trouxe riso, a seu até então, carrancudo rosto.
O que via fê-lo recordar imagens de infância há muito, em um canto qualquer, quarnecidas.
“A chuva caiu sem parar torrencialmente. O aguaceiro desceu forte.
No cruzamento de duas ruas, formava quase que uma piscina.
Era lá que estávamos eu e meu irmão, no meio da enxurrada.
Adorávamos a chuva.
É como se naquela época, a chuva fosse só um bem. O ribombar do trovão apenas um susto. Flashes dos relâmpagos, holofotes a nos iluminar.
Ensopados, cobertos de lama da cabeça aos pés, fazíamos parte da natureza, incorporávamos nela e ela em nós.
Sentíamo-nos mais fortes, mais vivos.
Jamais ficamos doentes, e mamãe nunca soube."
ivan de souza Ngmachado
Que delícia Ivan,
ResponderExcluirMe fez relembrar da minha infância onde eu e meus irmãos brincávamos debaixo da chuva, assim como você narra, assim como está na imagem.
Bons tempos aqueles! Adorei.
Beijos
Realmente a chuva da infância tem um sabor diferente que somente quem viveu isso sabe.... hoje as crianças somente sabem brincar com seus jogos eletrônicos e se esquecem de ser simplesmente crianças..
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